O futebol brasileiro tem sofrido grandes mudanças nos últimos anos, mas essas mudanças ficaram muito mais evidentes desde o fatídico dia em que a Seleção Brasileira levou o sacode de 7×1 da Alemanha.
De alguns anos pra cá, é perceptível uma “frescurização” dos nossos craques, jogadores que choram por qualquer coisa, que precisam da compreensão da torcida para conseguir jogar razoavelmente bem, enfim, jogadores frescos.
Enquanto o problema estava nas chuteiras coloridas e nos cabelos estranhos, estava tudo bem, o problema é que a frescura atingiu o emocional dos jogadores.
Talvez você tenha aí os seus em torno de 30 anos, assim como eu, deve ter percebido a mudança de forma bastante gritante, uma vez que teve a possibilidade de ver o tetra campeonato da seleção e, posteriormente, o penta. Aquela seleção de 94 era composta por homens de verdade, a de 2002 já estava sendo uma das últimas a honrar o país.
Se você não teve o prazer de ver uma partida de futebol de verdade, te digo, há bem pouco tempo atrás, xingar o adversário era legal, beber cerveja na arquibancada era normal e jogador provocando o adversário era divertido.
Com a nova leva politicamente correta, cada dia mais vemos as pessoas tentando suprimir o desejo do torcedor de xingar o outro. Filho da puta, vai tomar no cu e vai se foder ainda é normal, mas já caminhamos a passos largos para eliminar o VIADO das arquibancadas. Amigo, se você é homossexual, não me entenda mal, mas se tem uma coisa que deixa o adversário puto, é chamá-lo de viado. E não é preconceito não, é por que as práticas feitas pelos gays (ou pelo menos que o cara imagina) não é lá muito agradável para um hétero. E não adianta tentar comparar com xingamentos racistas, pois não cola, a prática homossexual é uma coisa e pele com mais melanina é outra. Não confunda atos com características físicas.
Porra, cara, me dê o direito de xingar o adversário de viado, depois nós nos abraçamos e está tudo bem. Eu não vou te achar a pior pessoa do mundo se você falar que sente nojo de chupar vagina ou que não gosta das “rachas”. É o que eu espero de um gay, não gostar sexualmente de mulheres e até zoar elas.
Beber cerveja nos estádios já foi possível, e não pense que era barato não. Assim como seria hoje, era caro pra burro e raramente alguém ficava embriagado depois de entrar no estádio, o cara no máximo entrava bêbado e mantinha a sua loucura. Como podemos ver hoje em dia, as arquibancadas ficam cada dia mais apáticas sem a “dose de felicidade” experimentada por alguns torcedores. As brigas? Ainda continuam, é claro, quem vai pra brigar, é por que quer brigar, não por querer beber.
Mas o que falar da partida de futebol em si? Um verdadeiro espetáculo, espetáculo esse que começava dias antes, com a provocação dos jogadores e técnicos. Quando um jogador provocava o adversário, a imprensa fazia o seu papel e jogava lenha na fogueira da diversão, fazendo manchetes do tipo “Tirou onda!”, o que fazia o adversário responder à altura e gerar manchetes como “Fulano responde provocação de ciclano e bota fogo no clássico!”. Era legal e sadio provocar o adversário.
Hoje em dia a imprensa faz um papel inverso, tenta botar panos quentes nas provocações e não pensa duas vezes antes de fazer manchetes do tipo “Pegou mal!”, quando um jogador enche o saco do outro. O linchamento virtual dos torcedores é um show à parte. Aparentemente não é mais tão legal botar pilha no adversário, legal mesmo é a frieza e a falta de emoção. Já perceberam como tem sido raro um jogador ficar puto com uma derrota?
E os jogadores? Ah, as estrelas do esporte, as pedras preciosas do espetáculo, esses mudaram DEMAIS!
Não era raro um time ter jogadores que goleavam dentro e fora de campo, meter a rola nas menina já foi moda, ir pra balada e fazer gols no dia seguinte era comum. Acho que o nosso último bad boy do tipo foi o Romário. Hoje em dia, a moda é ser virgem, fazer careta e postar textos imensos de desculpas nas redes sociais, para angariar curtidas e elogios que não trarão canecos.
Zagueiros não aceitavam derrotas e ficavam putos quando falhavam. Diferente da nossa chorosa zaga, o Brasil já contou com muitos defensores que tinham o lema claro: PASSA O JOGADOR OU A BOLA, NUNCA OS DOIS! Hoje em dia, passa a bola, o jogador e a vontade de vencer juntos.
Quem lembra de quando o Brasil perdia de 1×0 para verdadeiros esquadrões e mesmo assim a torcida ENCHIA O SACO do técnico e dos jogadores? Hoje em dia, perdemos para seleções inexpressivas e engolimos discursos que reforçam que “não existe mais bobo no futebol”. A verdade é que enquanto estivermos acostumados com as derrotas, os bobos do futebol seremos nós.
Tire a sua frescura do nosso esporte, futebol ainda é coisa pra macho!