O UBER conseguiu o que nem Capitão Nascimento conseguiu

Em meio a tantas diferenças no Brasil, o UBER aparentemente é uma unanimidade, pelo menos entre as pessoas que possuem o mínimo de sensatez.

UBER

É claro que alguns gatos pingados que recebem dinheiro do estado ou estão ligados diretamente aos taxistas estão possessos, mas a grande maioria das pessoas viu a novidade com bons olhos.

De forma implícita, o UBER nos ensina como a economia brasileira deveria funcionar para ser sadia, com livre mercado e concorrência leal (pelo menos da parte do aplicativo, por que os taxistas possuem muitas VANTAGENS), onde o consumidor escolheria de livre e espontânea vontade qual serviço utilizar.

No filme Tropa de Elite 2 – O Inimigo Agora é Outro, o então Coronel Nascimento fala a seguinte frase enquanto cenas da tomada dos morros são transmitidas: “a máquina de guerra que eu ajudei a montar quebrou o tráfico de drogas no Rio de Janeiro” … “com o tráfico fora da jogada, a farra dos corruptos ia acabar, finalmente eu ia fuder o sistema”.

Nascimento queria foder o sistema de dentro pra fora, coisa que serviços como o UBER e o Netflix estão tentando e, de certa forma, conseguindo fazer, só que de fora pra dentro.

Há bem pouco tempo atrás, o Brasil adotou a tolerância zero com a dobradinha bebida alcoólica + volante. O alto índice de mortes no trânsito fez com que os órgãos competentes do governo se coçassem para resolver o problema. Qualquer ingestão de álcool antes de dirigir pode gerar dores de cabeça maiores que a maior ressaca que qualquer homem tenha tido na terra, então, a melhor opção tem sido deixar o carro em casa.

Ok, vamos ignorar o fato do possível exagero em multar e apreender o carro de um homem ou mulher que tenham ingerido uma quantidade ínfima de álcool, um copo de cerveja, por exemplo, e fingir que você que está lendo não dirige o seu carro depois de beber ou não conhece alguém que o faça.

Vamos tentar imaginar também que a maioria das mortes do trânsito não são causadas pela péssima infra estrutura das nossas estradas, mas sim, pela bebida.

Com o início da “lei seca do trânsito”, a provável reação dos taxistas e sindicatos foi de euforia tremenda, comemoração extrema e pensamento nos lucros.

Imagine a felicidade em poder dar voltas e voltas com passageiros bêbados e com as mãos abertas por aí? Quase um sonho. Sei que é errado generalizar e que você que está lendo provavelmente conheça um taxista honesto e ordeiro, mas suas famas os precedem, todos os dias vemos histórias de taxistas que foram hostis com passageiros, como foi o caso da famosa Kefera ou que cobram o olho da cara por ter dado voltas e voltas com seus clientes.

Sobre os sindicatos eu prefiro nem falar, talvez mereçam um texto só sobre eles, são alguns dos maiores cânceres deste país, portanto, fico feliz com todas as vezes que sofrem algum revés.

O cidadão foi submetido a lei do estado e praticamente obrigado a usar o monopólio estatal taxista, ou se aventurar em outros, os ônibus e metrôs, já que vaquinhas para caronas podem ser consideradas crime. Na pior das hipóteses, caminhadas inseguras nas madrugadas também foram alternativas.

Carros caindo aos pedaços, insegurança, corridas caras, motoristas mal educados e trapaceiros, tudo isso foram ingredientes para que as pessoas não pensassem duas vezes em trocar os táxis por um serviço melhor, o do UBER.

Aqueles que reinavam soberanos, tinham uma concorrência com carros potentes, ar condicionado funcionando, motoristas educados e o valor da corrida acertado antes da viagem acontecer. Lembra quando a indústria fonográfica, que cobrava EXTREMAMENTE CARO por seus CDs sofreu um revés mercadológico com o advento do mp3? Pois aconteceu algo parecido, ninguém ficou com pena pois o serviço anterior era defasado e caro.

Nem mesmo a segurança, argumento que os amantes dos transportes públicos tanto utilizam para defender o seu uso foi o bastante para convencer a população de que táxis são melhores que aplicativos de celular. Também pudera, sabemos que taxistas estão tão bem preparados para enfrentar bandidos quanto o resto da população, ou seja, não estão.

Alguns argumentos mais imbecis ainda foram forçados, como o fato de os carros dos taxistas serem regulamentados e que o uso deles é “benéfico para a sociedade”. Ora, me desculpem, mas não sou eu que vou evitar o meu bem-estar e me sacrificar pelo estado, o que eu quero é um serviço de qualidade e ponto.

Os monopólios estatais só prejudicam o cidadão comum e o próximo que deveria ser revisto é o da segurança pública, policiais são necessários, mas não conseguem manter a ordem sozinhos, precisam da sociedade ordeira ao seu lado. Para isto, é importantíssimo que o Estatuto do Desarmamento seja revogado e as armas sejam devolvidas ao cidadão de bem (iniciativa privada, lembra?), talvez assim, o Coronel Nascimento finalmente tenha o seu sonho realizado e possamos todos nós, foder o sistema.

Trailer de Tropa de Elite 2

Aaaaah, muleque! Saiu o trailer do filme mais fodaralho de 2010, o filme do Chuck Norris brasileiro, vulgo Capitão Nascimento.

Pelo que deu pra perceber o novo Tropa de Elite é tão violento e boca suja quanto o primeiro, mas dessa vez um pouco mais Hollywoodiano. O filme se passa em 2010 e o “sixtema” é o maior inimigo do herói brasileiro mais malvadão que existe. Provavelmente será fantástico!
Vou parar de me prolongar, sou fã confesso do filme e poderia ficar escrevendo o dia inteiro mas o melhor mesmo é vocês verem com seus próprios olhos o trailer oficial:

Veja mais informações sobre o filme acessando o site: www.tropa2.com.br