Casal americano entra na justiça para obrigar filho de 30 anos a sair de casa

Nos Estados Unidos, um homem de 30 anos foi processado pelos próprios pais para que, finalmente, deixasse sua casa e fosse viver sua vida.

30 anos

Michael Rotondo, de 30 anos, era acusado por seus pais de não ajudar no asseio do lar ou com dinheiro, vivendo assim de forma parasitária. Eles chegaram a oferecer uma ajuda de custo para que ele fosse viver em outro lugar, mas ele não quis.

Christina e Mark Rotondo dizem que seu filho, que administra um site, voltou a morar com eles há 8 anos, após ficar desempregado e não saiu nem recebendo ordens de despejo.

Segundo o filho, não havia tempo hábil para sair, ele dizia que 6 meses era tempo o suficiente.

O casal entrou, então, com a ação na Suprema Corte do Condado de Onondaga, próxima de Camillus, cidade onde mora a família, no Estado de Nova York. O advogado dos Rotondo, Anthony Adorante, disse ao site Syracuse.com que seus clientes não encontraram outra forma de obrigar o filho a se mudar.

“Após discutir o assunto com sua mãe, decidimos que você deve deixar essa casa imediatamente”, disse o casal na primeira carta de despejo enviada ao filho, em 2 de fevereiro, segundo os documentos do processo.

Quando Michael ignorou a mensagem, seus pais redigiram uma ordem de despejo propriamente dita, com a ajuda do advogado. “Você está sendo despejado por meio desta”, diz o documento assinado por Christina em 13 de fevereiro.

“Medidas legais serão tomadas imediatamente se você não se mudar até 15 de março de 2018.” Michael não saiu.

O casal escreveu, então, uma nova mensagem em 18 de fevereiro, oferecendo US$ 1,1 mil (cerca de R$ 4 mil) para que ele saísse. O texto incluía alguns comentários pessoais sobre o filho.

“Há empregos disponíveis para aqueles com um histórico profissional ruim como o seu. Consiga um – você precisa trabalhar”, disseram os pais.

Em 5 de março, eles redigiram uma nova carta lembrando do prazo estipulado: “Não notamos nenhum sinal de que você está se preparando para sair. Saiba que tomaremos as medidas necessárias para garantir que você saia de casa como foi ordenado.”

Em 30 de março, mesmo com o filho não demonstrando a mínima vontade de sair ou tirar seu carro quebrado da frente da casa de seus pais, eles redigiram uma nova carta.

Em abril, os Rotondo desistiram de tentar sozinhos e recorreram à Justiça local. Como Michael era seu parente, eles ouviram que teriam de recorrer à Suprema Corte para conseguir retirá-lo de casa.

De acordo com a emissora WABC News, Michael considerou a ação movida por seus pais como uma “retaliação” e pediu que a Corte rejeitasse seu pedido.

Nesta terça, o caso foi julgado, e o casal saiu vitorioso. O juiz ordenou que o filho saia de casa. Michael disse que a decisão é “revoltante” e entrará com recurso.