Michael Collins, piloto da missão Apollo 11, morre aos 90 anos

Michael Collins nunca pisou na Lua, mas teve o trabalho de manter a espaçonave orbitando sobre a Lua para garantir um retorno seguro à Terra.

 

Michael Collins

Buzz Aldrin passa a ser o único membro vivo da missão Apollo 11, tendo completado 91 anos em janeiro deste ano.

Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na Lua, morreu no ano de 2012, aos 82 anos de idade.

 

Emocionado, Buzz Aldrin escreveu sobre Collins e compartilhou uma foto onde ambos aparecem juntos com Armstrong.

“Querido Mike, onde quer que você esteve ou vai estar, você sempre terá o fogo que nos carregou para novas alturas e para o futuro. Vamos sentir sua falta. Que descanse em paz”, escreveu o astronauta.

A Nasa, famosa agência espacial dos Estados Unidos, lamentou a morte de um dos seus mais ilustres astronautas, evidenciando a façanha que foi mandar uma espaçonave para a Lua.

“Um defensor da exploração, o astronauta Michael Collins inspirou gerações e seu legado nos projeta mais fundo no cosmos”, disse a Nasa em sua nota.

Segundo seus familiares, Collins passou seus últimos dias “em paz” junto de sua família. Em nota, destacam que ele enfrentou seu “último desafio” como enfrentava todos os desafios que surgiam pela frente: “com graça e humildade”.

Collins visitou o Cabo Canaveral, na Flórida, de onde partiu a missão lunar, no ano de 2019, e disse à imprensa que “sentia o peso do mundo” sobre seus ombros.

“A Apollo 11 foi uma coisa séria. Nós da tripulação sentimos o peso do mundo em nossos ombros. Todos os olhos estavam voltados para nós, queríamos ser os melhores possíveis”, lembrou ele naquela ocasião.

Apesar de ter ido para a Lua, Collins nunca pisou nela, pois fez o trabalho de orbitar com a espaçonave em torno da mesma enquanto seus colegas caminhavam sobre sua superfície, recolhendo materiais para serem estudados na Terra, um verdadeiro exemplo do que é trabalho em equipe.

Após seu retorno à Terra, Collins iniciou uma carreira na Casa Branca na década de 1970. Ele também dirigiu o Museu Smithsonian de Whashington e abriu uma consultoria espacial.