Marechal da Rocinha não é só uma vítima, mas um homem em extinção

Você ouviu falar no nome “Marechal” nos últimos dias?

Se tem Facebook ou Whatsapp, provavelmente sim.

MarechalEste era o apelido de um senhor chamado Antônio, de 70 anos, morador da Rocinha, uma das maiores favelas do mundo e maior favela do nosso país, contando com 70 mil moradores.

Quando se fala em mártires, todo mundo admira alguém cujo propósito foi doar a própria vida em nome de uma causa, de pessoas ou do que considerava correto.

A história de Seu Antônio, que se alastrou pela internet, é que ele resgatou um policial ferido, escondendo-o atrás de uma geladeira no local onde trabalhava e ainda escondeu o seu fuzil para que o objeto pudesse ser entregue à PM.

Após avisar a guarnição de onde o policial e o fuzil estavam, ele foi cruelmente assassinado por traficantes que se enfureceram com o fato de ele ter ajudado a Polícia Militar.

Marechal morreu pelo que acreditava ser certo, foi por isso que ele foi executado.

Em um país onde os nossos valores estão completamente distorcidos, um senhor de 70 anos e com cinco filhos colocou a própria vida em risco apenas pelo que era certo.

Todos os dias a maior parte da população se depara com injustiças e se cala.

É a censura proposta por algum meio de comunicação, os impostos que nos impõem, tratando-nos como escravos do estado, enquanto políticos farreiam com a nossa grana suada e, porque não dizer, a violência desenfreada, a qual somos obrigados a aguentar calados por não ter o mínimo direito de andar com uma arma de fogo.

Cada um de nós deseja fazer história, mas poucos de nós possuem a coragem que Marechal teve, de pegar a própria cruz e abraçar o seu destino, mesmo que ele seja o mais vil possível.

Quantos de nós, enquanto homens, está realmente disposto a combater o mal para o bem de nossas famílias?

Creio que da boca para fora, todos. Mas no dia a dia, poucos como o, assim espero, inesquecível Marechal.