Northrop B-2 Spirit, o incrível bombardeiro inspirado no Falcão Peregrino

O Northrop B-2 Spirit é um incrível bombardeiro produzido pela Northrop Grumman, empresa norte-americana especializada em indústria aeroespacial e defesa.

“É melhor um pássaro na mão do que dois voando”, você já deve ter ouvido esta expressão que quer dizer, literalmente, que um bem menor no controle é melhor do que um bem potencial que você pode acabar não tendo acesso.

O falcão-peregrino era mais do que um pássaro na mão e, com certeza, valia mais que a maioria dos pássaros voando, pelo menos financeiramente.

Este animal foi a inspiração para o Northrop Grumman B-2 Spirit, um bombardeiros “stealth” (furtivo) incrivelmente ágil e efetivo.

Northrop B-2 Spirit

Com espaço para apenas dois tripulantes, o design do veículo é extremamente arrojado e lembra consideravelmente o animal em que foi inspirado.

Seu primeiro voo foi em 17 de julho de 1989 e apenas 21 deles foram produzidos ao longo dos anos de 1997 a 2000.

É, de fato, um veículo incrível e com certeza letal.

Apesar de ser originalmente um bombardeiro nuclear, o Northrop B-2 Spirit foi usado na Guerra do Kosovo, em 1999, depois em conflitos no Iraque e no Afeganistão.

É claro que essa brincadeira não saiu barato, o governo dos Estados Unidos gastou nada menos que U$737 milhões por unidade.

Japão desenvolve armas laser que podem ser montadas em carros para atingir drones

Armas laser parecem coisas de filme, mas logo isso será uma realidade no Japão, segundo o Nikkei Asia.

O Ministério da Defesa do Japão afirmou que planeja ter lasers para atingir drones que tenham objetivos terroristas até o ano de 2025.

armas laser

As armas devem estar no orçamento bilionário do Ministério da Defesa do Japão, estimado em U$55 bilhões para o ano fiscal de 2021, um aumento de 8% em relação a 2020, tendo um aumento pelo 8º ano consecutivo.

A tecnologia para o desenvolvimento da arma anti-drones custará U$42 milhões e a sua tecnologia poderá estar pronta até o ano de 2023.

Países como Estados Unidos, China, Turquia, Reino Unido, Israel e outros estão usando drones armados e, por este motivo, existe o temor entre os japoneses pela proliferação desta tecnologia em mãos erradas.

Com o barateamento da tecnologia dos drones nos últimos anos, é comum que Organizações Terroristas como o Estado Islâmico os usem para soltar granadas ou colidir com estruturas públicas ou privadas para provocar mortes e destruição.

Segundo o Ministério da Defesa da Arábia Saudita, o ataque à empresa de processamento de petróleo Saudi Aramco no ano passado foi concluído de forma criminosa com 18 drones.

O objetivo do Japão é produzir uma arma que possa ser montada em veículos para conseguir atingir os drones de forma ágil.

Apesar de países como os Estados Unidos estarem produzindo suas próprias armas anti-drones, o Ministério da Defesa do Japão garante que nenhum projeto é tão tecnológico quanto o deles.

Esta é uma ameaça muito séria e iminente que atualmente não estamos preparados para enfrentar”, disseram David Glawe e Hayley Chang, dois dos principais funcionários do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos, em depoimento ao Congresso em 2018. “Hoje não podemos combater de maneira eficaz o uso malicioso de drones porque somos prejudicados por leis federais promulgadas anos antes da tecnologia UAS (Veículo aéreo não tripulado)  estarem disponíveis para uso comercial”.

A Raytheon Technologies, dos Estados Unidos, desenvolveu um sistema de armas a laser de alta energia para a Força Aérea dos EUA e explicou em seu site oficial como seu sistema neutraliza os drones.

“Um radar detecta o objeto. O radar então envia uma lista de contatos de interesse para uma variante avançada do Sistema de Alvo Multiespectral  para um conjunto de sensores ópticos, para descobrir se o sistema da aeronave não tripulada é uma ameaça ou não. Se for uma ameaça, o sistema diz ao laser onde acertar o alvo.”

Agora é aguardar o trabalho dos japoneses.

Veja no vídeo abaixo como uma arma anti-drones funciona.

 

 

 

 

O incrível Monstro do Mar Cáspio

O “Monstro do Mar Cáspio” surgiu na década de 80, na União Soviética.

Monstro do Mar Cáspio

Este incrível MD-16 Classe Lun estava parado em uma base naval russa desde o final da década de 90.

Como está encalhado no Mar Cáspio, foi batizado como “Monstro” e será transformado em atração turística.

Ele foi inicialmente construído como parte do programa soviético WIG, que datava da Guerra Fria dos anos 1960, e foi o único Classe Lun a ser concluído e equipado com mísseis supersônicos.

Segundo a Wikipedia, O mar Cáspio é o maior corpo de água fechado e interior da Terra em área, diversas vezes classificado como o maior lago do mundo, ou um verdadeiro mar.

Os capacetes de guerra modernos podem ou não projéteis?

Com armas cada vez mais modernas e potentes, algumas pessoas se perguntam se os capacetes de guerra ainda tem alguma efetividade contra elas.

 

A resposta para esta pergunta é um simples: sim.

 

Isso quer dizer que dá pra dar um tiro de 7.62 num capacete que ele irá proteger a cabeça de quem o estiver usando? Obviamente que não.

O poderoso ACH, abreviação para nome BRABO Advanced Combat Helmet, Capacete Avançado de Combate no bom português, foi criado nos Estados Unidos e é item obrigatório nas atividades de campo do exército daquele país e de alguns outros.

capacetes de guerra
O negócio fica estiloso demais

Além dos Estados Unidos, este capacete é usado na Austrália, Iraque, Irlanda, Israel, México, Nova Zelândia e Macedônia.

Um capacete desses pode literalmente parar uma munição mais branda de longe, mas sabemos que em guerras as armas são mais pesadas.

Então qual é o objetivo dele se ele não para tiros? Tiros não acertam sempre em cheio, muita gente morre em guerras com estilhaços e tiros de raspão que evoluem para quadros mais graves.

É aí que o capacete entra.

Com uma capacidade razoável de proteção balística, estes capacetes já salvaram muitas vidas.

Outras utilidades e preços

Este capacete foi atingido em combate, se não fosse o capacete, o combatente poderia estar morto

Além disso, eles possuem cores diferentes para diferenciar as tropas durante a guerra, o que facilita para não praticar o temido fogo amigo.

O preço de um capacete similar a esse no Ebay é do equivalente a R$2.000,00, então, não parece lá muito caro, uma vez que o dólar está cinco vezes o valor do Real brasileiro, ou seja, ele custa em torno de U$400,00 para um americano.

Ele serve para usar no trânsito? Não, o capacete tradicional para moto é feito para aguentar outro tipo de impacto, ou seja, a não ser que você vá para uma guerra, ter um desse só serve para souvenir.

Há 75 anos atrás, três brasileiros enfrentaram 100 nazistas sem hesitar

Três brasileiros que são hoje considerados heróis nacionais foram responsáveis por enfrentar nada menos que 100 nazistas, uma tarefa impressionante que foi reconhecida como um ato de bravura irrefutável até mesmo pelo inimigo.

O ato foi parte da Conquista de Montese, colocada como tendo êxito aos 14 dias de abril de 1945.

Esta vitória do Brasil teve vários atos de bravura e coragem, mas nada se compara ao que fizeram Arlindo Lúcio da Silva, Geraldo Rodrigues de Souza e Geraldo Baêta da Cruz.

Todos conhecemos as dificuldades que os Praças brasileiros enfrentaram ao ir para a gélida Itália, tendo que receber uniformes com numeração diferente das deles advindos de tropas americanas, o enfrentamento do próprio frio e a desconfiança de militares que os achavam incompetentes.

Esta realidade também foi enfrentada por Arlindo, Geraldo Rodrigues e Geraldo Baêta.

O primeiro deles, Arlindo Lúcio da Silva, nasceu em 12 de fevereiro de 1920. Arlindo era filho de Maria Cipriana de Jesus e de João Olímpio da Silva.

O pai de Arlindo, João Olímpio, sofria de problemas mentais e, por estes motivos, Arlindo fora internado na “Escola de Preservação de Menores Padre Sacramento”.

Seu curso primário foi findado ali em 1943, tendo deixado a escola a pedido de sua mãe aos 15 anos. Assim como vários brasileiros, Arlindo foi trabalhar como servente de pedreiro na Companhia Construtora Luiz Bacarini.

Arlindo serviu voluntariamente ao Exército Brasileiro, sendo cegamente obediente às leis do país e da farda que vestia, um homem de disciplina exemplar que não sofreu uma penalização sequer por conta de sua conduta.

Apesar de jovem, Arlindo precisou enfrentar uma realidade que é comum em muitos lares brasileiros, o de cuidar de uma família.

Após 20 anos de luta contra uma doença, 6 deles de cama, seu pai faleceu e as contas são sempre implacáveis, tendo Arlindo que cuidar de sua mãe e dos seus 4 irmãos menores.

Ele permaneceu sendo o bravo homem que era, cuidando de todos com extremo esmero.

Aos 8 dias de dezembro do ano de 1942, Arlindo fora convocado pela Pátria que jurou defender, ingressando no Exército, ficando na 1ª Cia Fzo.

Como era arrimo de família, a sua incorporação foi adiada por tempo indeterminado. Após 5 meses, aos 20 dias de maio de 1943, ele foi incorporado na FEB (Força Expedicionária Brasileira).

A partir dali, Arlindo tinha sua vida totalmente voltada à defesa do seu país na II Guerra Mundial.

O autor do livro “De São João del-Rei ao Vale do Pó”, o Ten R/1 Gentil Palhares, descreveu Arlindo como um homem de pouca conversa, gestos humildes e respeitador dos regulamentos.

O ingresso de Arlindo Lúcio da Silva na II Guerra Mundial

Em 5 de março de 1944, ele foi para o Rio de Janeiro.

Arlindo falava com entusiasmo em ombrear os campos de batalha junto aos aliados para enfrentar as forças nazi-fascistas de Hitler e Mussolini no Velho Continente.

Em 22 de setembro de 1944 Arlindo deixou o solo pátrio que nunca mais o veria vivo, chegando a Nápoles aos 8 dias de outubro daquele ano.

Bravo em combate, ele escrevia cartas de amor e carinho à sua mãe, irmãos e outros familiares.

O Comandante do Batalhão escreveu o seguinte sobre o combatente: “O Soldado Arlindo Lúcio da Silva, componente destacado do reconhecimento ao Ponto 759, cumpriu a missão com entusiasmo e destemor”.

Arlindo era um patriota feroz e abnegado.

Em 19 de abril de 1945 o seu desaparecimento em ação foi publicado, tendo o ocorrido acontecido entre os ataques doas dias 14 e 15 também de abril, em Montese.

No dia 19 de abril de 1945, foi publicado seu desaparecimento em ação, durante os ataques realizados nos dias 14 e 15 daquele mesmo mês, na comuna italiana de Montese.

Mas e os seus companheiros de farda?

Pouco se sabe sobre Geraldo Rodrigues de Souza e Geraldo Baêta da Cruz, mas é provável que tenham bebido das mesmas fontes de vida, infância dura e trabalhadora em uma família pobre.

Geraldo Rodrigues de Souza nasceu em Rio Preto (Sta. Bárbara do Monte Verde, em MinasGerais), em 1919.

Ele pertenceu à Companhia de Comando do III Batalhão do 11.º RIE e era filho de Josino Rodrigues de Souza e de Maria Joana de Jesus.

Geraldo Baêta, nasceu em 21 de julho de 1916, na pequeníssima João Ribeiro, hoje Entre Rios, cidade com pouco mais de 14 mil habitantes. Geraldo Baêta era filho de Antônio José da Cruz e de Maria da Conceição da Cruz.

Geraldo Baêta era enfermeiro cirúrgico, pertencente ao Destacamento de Saúde. Era seu dever heroico cuidar dos que tombavam feridos em combate.

três brasileiros

Cobras fumantes, ETERNA é sua VITÓRIA

Quase esquecidos no Brasil, o destino destes três bravos homens cruzaram-se no transporte Norte Americano “Gen. M.L. Meigs” na viagem para a Itália, onde encontrava-se o 1.º Escalão da Força Expedicionária Brasileira.

Eles chegaram ao Porto de Nápoles às 07h30 do dia 6 de outubro de 1944, de onde partiram, no dia 9, para o Porto de Livorno.

Três dias depois eles estavam desembarcando e seguindo para a chamada “Staging Area”, localizado a oeste da cidade de Pisa (Vila Rosare). No dia 1.º de dezembro de 1944, o 11.º RIE entrava em linha, sendo considerado em combate.

No dia 14 de abril de 1945 iniciou-se o dia do ataque a Montese, o combate mais violento em que a FEB participaria.

Arlindo Lúcio, Geraldo Rodrigues e Geraldo Baêta estavam lá, eles não sairiam vivos da batalha, mas estariam vivos na história como três homens que lutaram como 100.

No ataque a Montese, o pelotão ao qual os três heróis brasileiros faziam parte foram detidos por uma barragem violenta de morteiros. No flanco esquerdo deles, uma metralhadora atacava com vigor frenético, obrigando-os a permanecer deitados ao solo.

Sem a chance de sair do local, eles se desgarraram de sua fração, mas mesmo assim, lutaram bravamente.

Arlindo, atirador de fuzil automático, localizou a resistência inimiga e, num gesto de bravura, levantou-se, localizando seus agressores mais contumazes e despejando seis carregadores de sua arma.

Ambos os Geraldos não pararam de atirar, fazendo com que seus 100 inimigos imaginassem estar enfrentando tropa de igual ou superior número, pois os três não paravam de atirar.

Infelizmente eles só pararam quando a munição acabou.

Arlindo foi ferido mortalmente por um franco atirador, Geraldo foi atingido por um estilhaço, caindo morto e Geraldo Baêta sofreu aquilo que mais se acontece em uma guerra, um tiro certeiro que o tombou para sempre.

Após uma peleja quase impossível, o silêncio foi alcançado pelos alemães e os três praças estavam mortos juntamente com seus fuzis, mas de baionetas caladas, o que evidencia o fato de que ao fim da munição, os três heróis nacionais pretendiam enfrentar a morte contra os 100 nazistas em um combate corpo a corpo.

Convencido da demonstração de bravura e coragem dos combatentes brasileiros, o comandante alemão mandou que seus subordinados cavassem três covas rasas para Arlindo, Geraldo e Geraldo Baêta.

No local do sepultamento eles colocaram uma cruz com a seguinte frase: “Drei brasilianische helden”, que quer dizer “Três heróis brasileiros”.

Em sua última carta, Arlindo escreveu na véspera de sua morte que logo retornaria ao seu querido Brasil, pois sentia próxima a vitória das armas da justiça e da liberdade.

A vitória aconteceu, o seu retorno não. Arlindo fora chamado por Deus aos céus.

Heroes of our Century

Não estranhe o enunciado em inglês, é que apesar do pouco conhecimento do brasileiro sobre estes três guerreiros, honrarias e gritos de guerra em seu nome são bradados ao redor do mundo.

A banda de Power Metal sueca Sabaton fez uma música em homenagem a Arlindo, Geraldo e Geraldo Baêta.

A música “Smoking Snakes” conta a história destas três cobras que fumaram em solo italiano.

De fato é muito triste que tenhamos tantos filmes sobre malandros, bandidos e facções criminosas, mas nenhuma obra decente sobre estes bravos soldados.

Quem sabe no futuro.

Até hoje a cidade de Montese tem inúmeras referências de festas, documentos e objetos históricos sobre a luta do Brasil pela libertação do povo italiano pelo jugo alemão.

É importante lembrar aqui, Arlindo Lúcio, Geraldo e Geraldo Baêta foram três bravos homens lembrados por não desistir nunca, mas a Batalha de Montese gerou mais de 400 baixas para a FEB, além dos feridos.

Cinco meses depois a II Guerra Mundial teria seu fim, no dia 2 de setembro de 1945.