Ressocialização vai de 14% a 91% com método em presídio do Paraná

A ressocialização de um preso é uma das necessidades a se fazer com um bandido, após a sua punição.

Estudos afirmam que apenas 14% dos presos do Brasil conseguem ser reinseridos na sociedade de forma adequada, uma lástima para um país com violência galopante.

ressocialização

O projeto é uma parceria do Governo do Estado do Paraná, OAB/PR e TJ/PR. Seu nome é Associação de Proteção e Assistência aos Condenados do Paraná (APAC).

O projeto, que faz o custo do preso ser dividido por 4, faz com que os encarcerados ajudem nos afazeres da APAC, eles limpam, lavam, organizam suas roupas e ajudam a cuidar de toda a estrutura do local.

Iniciado em 2012 na comarca de Barracão, a aplicação do método que acontece no regime fechado e semiaberto não trabalha com presos de crimes específicos, mas sim os de bom comportamento e que demonstram real desejo em mudar.

A ideia é que os detentos frequentem cursos supletivos, cursos profissionalizantes e outras atividades variadas para evitar ociosidade.

Além disso, eles têm assistência espiritual, médica, psicológica e jurídica prestadas pela comunidade.

Segundo a juíza Branca Bernardi, da Comarca de Barracão, o diferencial para gastar um salário mínimo ao invés de quatro e ainda assim conseguir resultados excelentes, é a disciplina: “É essa disciplina que faz com que mudem de vida. Muito além da ocupação prolongada em atividades, também passam pela ‘terapia da realidade’, quando dinâmicas motivacionais exigem uma profunda reflexão sobre o crime cometido.”.

Os detentos precisam plantar para comer e manter o asseio das instalações e das próprias celas.

Pelo fato de o método da APAC ser religioso (católico), parte da sociedade organizada ainda vê com ceticismo e descrença, mas os resultados do método parecem falar por si no quesito ressocialização.