No final da noite desta segunda-feira, o Uber liberou uma nota onde afirma que o policial que eliminou três bandidos será excluído de sua frota de carros.
O motivo? Uma das regras do Uber é que não se pode andar armado.
Algo quase irônico, considerando que motoristas dos carros do aplicativo são atacados diariamente por sindicalistas e poderiam tomar as rédeas da situação tranquilamente rendendo seus algozes.
O texto diz o seguinte: “Durante uma viagem solicitada por meio do aplicativo, a Uber proíbe o porte de armas de fogo de qualquer natureza a bordo do veículo, tanto para motoristas parceiros quanto para usuários. Qualquer pessoa que viole esta proibição perderá o acesso à plataforma da Uber”.
Uma bobagem retumbante, afinal, uma arma de fogo bem utilizada é apenas um excelente instrumento de defesa.
O especialista em segurança Benedito Barbosa ironizou no Facebook:
Convenhamos, se o Uber proíbe que motoristas e passageiros andem armados, deveria tentar combinar com os bandidos também, vai que funciona?
José Vicente da Silva, coronel da reserva da PM e ex-secretário Nacional de Segurança, afirmou o seguinte: “É um momento de tensão, em que a reação de defesa tem de ser em questão de segundos. Se você procurar uma área não letal, pode morrer na hora que estiver procurando. O treinamento policial é para uma reação rápida para neutralizar a ameaça”. Claro que pessoas que nunca pegaram em uma arma dificilmente entenderão isso.
Mas convenhamos, fica difícil ter acesso a uma arma com o Estatuto do Desarmamento, que tirou as armas do Brasil. Quer dizer, tirou as armas das pessoas boas, o Brasil é um dos países com o maior número de assassinatos por armas de fogo no mundo.
Um dos bandidos tinha 19 anos, outro deles tinha 15 e o terceiro homem ainda não foi identificado pela polícia.